Ascite Infecciosa ( Hidropisia )

A doença é produzida por uma bactéria denominada PSEUDOMONAS punctata, tipo Ascitae.
Esta enfermidade é também conhecida por HIDROPISIA (inchação da região ventral) e não tem cura segundo alguns. Por sorte, ataca muito pouco os peixes ornamentais, sendo a família dos Ciprinídeos as mais suscetíveis à doença. É infecciosa e hereditária.

PSEUDOMONAS punctata tipo Ascitae é uma bactéria patogênica (causadora de doença) existente em água doce.
Peixes atacados por essa bactéria ficam tão inchados que as escamas chegam a formar um ângulo de 85 graus em relação ao corpo.

Quando manifestado a Hidropisia, o peixe deve ser separado e submetido a banhos de cloromicetina, terramicina, estreptomicina ou outros antibióticos como medida de higiene curativa e preventiva.

O Professor SCHÄPERCLAUS recomenda o isolamento do peixe enfêrmo e banhos de 8 horas de cloromicetina em 1 litro de água a 24 / 25C.

Além disso, é necessária uma desinfecção total do aquário e das plantas.

Sobre essa terrível doença, transcrevi o que diz o Dr. ROSS F. NIGRELLI, patologista do Aquário de New York, em “Peces Y Acuarismo”, Out de 1962 - Buenos Aires - Argentina:

" A Hidropisia dos peixes não é curável porque é proveniente de uma degeneração cardíaca ou renal motivada por toxinas paralisantes; são de origem fermentativa, tumoral ou parasitária. "

IVO PENNA, experiente aquarista, cita a cura dessa doença, utilizando uma medicação específica, 250mg de aureomicina para 20 l de água, pelo espaço de 3 dias , sendo renovada sua solução.

Durante o tratamento, o peixe deve ser alimentado, devendo-se usar aerização e aumento da temperatura.
A utilização da aureomicina nas doses aqui recomendadas não causa esterilidade aos peixes (ovíparos) tendo os mesmos posteriormente acasalado e procriado.

Esta medicação foi utilizada em Betta splendens (Peixe de briga), com sucesso por aquele aquariólogo.

Um conselho : Para evitar a Hidropisia é aconselhável dar aos peixes alimentos ricos em Vits. A & D.

Esclarecendo q a Hidropsia, não é DOENÇA, e sim um sintoma que pode se manifestar de várias maneiras, dependendo apenas do órgão afetado.

Na maioria das vezes Não tem cura, isto é, quando percebemos a inchação já é tarde demais para a regressão, pois o rim e o fígado, já estão seriamente afetados.

Os veteranos e respeitados aquariólogos Gastão Botelho e Ydenice Viana, conseguiram a cura em estágio avançado em Bettas ainda no começo dos anos 80, seguindo um método mais radical e um pouco doloroso e demorado.

Sabendo que: O ventre incha por uma disfunção de rim e a cavidade visceral se enche de líquido. O uso de antibióticos é inútil, uma vez q a absorção do mesmo pelo organismo é mínima.

Então partiram do seguinte pensamento:

Perfurar o ventre, retirar o líquido e injetar o antibiótico na cavidade visceral.

Depois de alguns testes, conseguiram chegar na dose ideal para a cura, mesmo em estágio máximo da "doença"!

Lembrando que depois os peixes não irão mais reproduzir, pois a bactéria danifica permanentemente os órgãos reprodutores, principalmente os ovários.

Método 1:

Perfura-se o ventre na região anterior às nadadeiras pélvicas penetrando-se uma agulha fina a 1 mm de profundidade. Ao retirá-la o líquido espirrará e então, o ventre deve ser massageado até que fique murcho, isto é, que todo líquido saia.

Depois injetar a Terramicina ( 250 mg ) dissolvido em água e aguardar a cura.
Às vezes, se faz necessário uma nova retirada do líquido, dias depois. Nesse caso repete-se o tratamento.

Método 2 :

Fazer tudo como no método anterior, mas, sem injetar o remédio e sim dissolver 250 mg para cada litro de água e colocar o peixe, trocando toda essa água de 2 em 2 dias e sempre colocando o antibiótico, até que se normalize.

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1 comentários:

  1. ROGÉRI MONTEIRO disse...:

    Eu achei otima a matéria sobre a hidopsia pois falou sobre essa técnica de tratamento quase desconhecida até mesmo por aquaristas experientes e também por ter feito menção a Gastão Botelho, que foi um renomado aquarista e pioneiro no aquarismo brasileiro.Meus parabéns.